Popularmente conhecido como ataque cardíaco, o Infarto Agudo do Miocárdio é um processo de morte do tecido (necrose) de parte do músculo cardíaco por falta de oxigênio, devido à obstrução da artéria coronária. Essa obstrução ocorre, em geral, pela formação de um coágulo sobre uma área previamente comprometida por aterosclerose (placa de gordura), causando estreitamentos dos vasos sanguíneos do coração, o que pode levar à morte súbita.
O infarto geralmente desencadeia um sintoma bastante característico, que é a dor forte no peito que se irradia para o braço esquerdo. Entretanto, como veremos a seguir, nem sempre esse sintoma está presente. Continue a leitura e saiba mais sobre esse assunto!
Os fatores de risco que podem levar a um infarto são divididos entre aqueles que podem ser alterados, como os hábitos que uma pessoa tem, e aqueles que não podem ser modificados (tais como idade, gênero, histórico familiar e raça).
As mulheres, por exemplo, têm fatores de risco próprios. Exemplo: menopausa precoce, a diabetes gestacional e algumas outras complicações gestacionais, como a pré-eclâmpsia. O uso prolongado de anticoncepcionais hormonais também é um fator a ser considerado, pois tem comprovada relação com o aumento do risco de trombose sanguínea, que leva ao infarto e outras doenças cardíacas.
Em contrapartida aos fatores genéticos, existe o estilo de vida de cada indivíduo, que pode conter hábitos que são grandes colaboradores do entupimento arterial como o tabagismo, o colesterol em excesso, hipertensão (pressão alta), diabetes, obesidade, estresse e depressão.
Os diabéticos têm de duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto. Pacientes com familiares próximos (pais ou irmãos) com histórico de infarto também têm mais chance de desenvolver a doença.
O infarto dá alguns sinais que podem ser essenciais na hora de ajudar o paciente, encaminhando ele ao hospital mais próximo para que ele seja tratado o mais rapidamente possível ou iniciando a massagem cardíaca, caso ele apresente uma perda de consciência. Entre eles, podemos destacar:
Dor no peito que pode ser leve ou aguda;
Dor que irradia do peito para outros lugares do corpo, como o braço (geralmente o esquerdo), o pescoço e a mandíbula, por exemplo;
Sensação de compressão no peito por mais de 30 minutos;
Sensação de queimação no peito que pode ser similar à da azia, por exemplo;
Desmaio e tontura;
Vômitos;
Suor frio;
Ansiedade e agitação ou sonolência;
Falta de ar;
Palpitações.
Além desses sintomas, pacientes mulheres podem descrever uma dor no peito similar a agulhadas ou pequenas facadas, além de falta de ar sem nenhum outro sintoma.
Entender as causas é extremamente importante para conseguir se prevenir. Afinal, sem saber o que evitar, fica difícil se proteger contra o problema. Questões genéticas não podem ser alteradas. Mas felizmente, as questões comportamentais e de estilo de vida podem, e elas são sim o grande problema. Isso porque mesmo uma pessoa com propensões e histórico familiar, mas que mantém um estilo de vida saudável, tem menos chances de ter um ataque do que uma pessoa em situação oposta. Fique, então, com algumas dicas:
Alimentação - Cuidar do que se come é extremamente importante. Uma alimentação balanceada com muitos vegetais, proporções adequadas de proteínas e carboidratos e pouca gordura é o primeiro passo para um coração saudável. Alimentos muito gordurosos aumentam o nível de colesterol e colaboram para o acúmulo da gordura no corpo.
Exercício Físico - Fazer atividades físicas por pelo menos 30 minutos diariamente é uma excelente prática. Os exercícios ajudam a ganhar resistência, fortalecem os músculos, queimam gordura e aumentam níveis de hormônios que causam a sensação de felicidade e calma.
Beber álcool com moderação - O consumo de álcool além do recomendado a longo prazo, pode prejudicar o coração, podendo causar hipertensão, insuficiência cardíaca, derrame ou infarto. Desta forma, é aceitável que os homens bebam até 2 copos de 100 ml de álcool por dia, um ao almoço e outro ao jantar, especialmente vinho tinto, e as mulheres 1 copo de 100 ml por dia.
Não fumar e evitar locais com fumaça - Fumar é um dos fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, pois alguns produtos químicos do tabaco podem danificar o coração e os vasos sanguíneos, levando a um estreitamento das artérias, chamado de aterosclerose, levando a um infarto.
Além disso, o monóxido de carbono na fumaça do cigarro substitui parte do oxigênio no sangue, aumentando a pressão arterial e os batimentos cardíacos, forçando o coração a trabalhar mais para fornecer oxigênio suficiente
É importante lembrar que não é preciso sentir dor para procurar um Médico Cardiologista. O check-up, por exemplo, é um dos métodos mais eficazes para verificar como anda o funcionamento do seu coração. Todo cuidado é válido para prevenir o desenvolvimento de doenças e manter a sua saúde em dia.