Equipe da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes/CIHDOTT, do Hospital Arnaldo Gavazza/HAG, recebeu equipe do MG Transplantes, no último dia 31 de julho, para o procedimento de retirada dos rins do paciente Marcelo Crisóstomo, 31 anos, natural de São Pedro dos Ferros, dando entrada ao HAG com quadro de Traumatismo Crânio Encefálico por PAF, diagnosticado pelos médicos do Hospital com morte encefálica.
A equipe do MG Transplantes, composta por dois médicos e uma enfermeira, chegou a Ponte Nova no período da manhã e, após duas horas no Bloco Cirúrgico, concluíram a retirada, com o sucesso esperado. O processo de retirada dos órgãos foi acompanhado, de perto, pelos profissionais do HAG: Izabela Baião Gomides/Coordenadora da Psicologia Hospitalar; Amélia Suriani/Assistente Social e Roberta Floresta/Enfermeira Coordenadora do CTI; todas integrantes da CIHDOTT. O médico e coordenador da Comissão, Rovilson Lara, também esteve presente.
A doação foi autorizada pela família do paciente, que recebeu todo o amparo, auxílio e acolhimento neste momento de perda. Após a constatação médica de morte encefálica, a equipe da CIHDOTT entrou em contato com o MG Transplantes, única instituição no Estado responsável pela captação e doação de órgãos, que rapidamente atendeu ao chamado.
Doação e Captação de Órgãos e Tecidos para Transplante
A doação de órgãos e a destinação para transplantes é coordenada, em Minas Gerais, pelo Complexo MG Transplantes, responsável pela captação e distribuição de órgãos em todo o Estado, por meio da Central Nacional de Captação de Doação de Órgãos/CNCDO.
Há dois tipos de doadores de órgãos, o doador cadáver e o doador vivo. É importante comunicar à família o desejo de ser doador, não é necessário deixar nada por escrito. Podem ser doados os seguintes órgãos: córneas, coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas e ossos (o MG Transplantes ainda não faz captação de ossos). O doador vivo é qualquer pessoa saudável que concorde com a doação, sem comprometimento de sua saúde e aptidões vitais. Por lei, podem ser cônjuges e parentes até o quarto grau. Não parentes do paciente, somente com autorização judicial.
Os doadores vivos podem doar um dos rins, a medula óssea, uma parte do fígado, uma parte do pulmão e uma parte do pâncreas. O potencial doador vivo também deve ser encaminhado a um Centro Transplantador, para que se verifique as possibilidades do transplante. A retirada de tecidos, órgãos de doador cadáver para transplantes depende da autorização do cônjuge ou parentes até o segundo grau, que são consultados após o diagnóstico de morte encefálica (parada total e irreversível do cérebro, atestado por diversos exames).
Quando o paciente está em quadro de morte encefálica, mas com o coração ainda batendo, podem ser retirados todos os órgãos passíveis de doação. Com o coração parado é possível doar apenas as córneas, que podem ser retiradas num prazo de até seis horas. Para entrar na lista de receptores de órgãos e transplantes é preciso ser encaminhado por um médico para um dos Centros Transplantadores. O paciente é submetido a vários exames, que variam conforme o caso clínico, para que seja comprovada a necessidade do transplante.
Para a realização do transplante, há uma lista única do Estado de Minas Gerais, sob a responsabilidade do Complexo MG Transplantes, em que são observados vários critérios: urgência, compatibilidade de grupo sanguíneo, compatibilidade anatômica (tamanho do órgão e do paciente), compatibilidade genética, idade do paciente, tempo de espera, dentre outros critérios.
Com informações da FHEMIG/MG Transplantes.
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